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Sunday, July 29, 2007

Antzzz versus Bots - Parte II

Mais alguns testes Homem versus Maquina agora com o PokerAcademy Pro, um software que não vale o que custa...


Manifestamente $129 é um preço excessivo para o PokerAcademy, um software que fica aquém do que promete e uns bots que são perfeitamente acessíveis para jogadores experientes. A Demo do software permite o acesso a todas as funcionalidades durante 6 horas (conta apenas o tempo em que o software está a correr) o que permite fazer umas duas mil mãos e percorrer algumas das funcionalidades (até interessantes) do programa.

O programa inclui diversos bots desenvolvidos pelo mesmo grupo da Universidade de Alberta incluindo o PokiBot (que já tinha defrontado online), o Sparbot e o famoso VexBot. Para além disso, inclui uma espécie de mini-pokertracker para analizar os resultados e duas calculadoras (Hand Evaluator e Showdown Calculator) bem como um Advisor durante o jogo que dá algumas sugestões relativamente ao qual só posso dizer que é pobre, praticando um jogo muito sólido e básico que me fez recordar o Texas Calculatem. O melhor, a menos que seja um jogador muito fraquinho, é não dar grande atenção ao Advisor...

Uma das funcionalidades interessantes do programa é o "luckometer" que traça um gráfico «do factor sorte» medido através do valor relativo das mãos que se vão obtendo no pós-flop (existe também uma ferramenta para avaliar o valor das mãos pré-flop). Comparando este gráfico com o Bankroll poderá aferir-se se está a bater os adversários por sorte ou por skill. Uma funcionalidade que será de grande utilidade para a esmagadora maioria dos jogadores que tendem sempre a julgar que ganham graças a skill e que perdem por azar.


Nas duas sessões em Full Ring no nível mais avançado do programa acabei por bater novamente os Bots que ficaram mais uma vez aquém das minhas expectativas. De notar que fui significativamente prejudicado pelas cartas (ver a linha a verde do luckometer no gráfico), em especial na primeira das duas sessões.




Experimentei ainda uma sessão de heads-up contra o VexBot. O resultado foi este...


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Friday, July 27, 2007

Antzzz versus Bots

Esta semana decorreu um frente a frente entre dois pros e um Bot da Universidade de Alberta. Diz que é uma espécie de campeonato...


O Campeonato (ou diz que é) desenrolou-se entre dois pros, Phil Laak e um outro jogador a convite deste: Ali Eslami. O Bot, esse chama-se Polaris e foi desenvolvido pelo mesmo grupo que criou o VexBot a que já fiz referência aqui no meu blog num artigo passado. Para resumir (podem encontrar os detalhes no blog que fez a cobertura do Campeonato) os humanos bateram o Bot: um empate técnico, uma vitória do Bot e duas vitórias da dupla de humanos foi o resultado das 4 sessões.

Um pormenor interessante: cada sessão era composta por 500 mãos mas o Bot era colocado a jogar essas 500 mãos dos dois lados da mão em duas salas diferentes, estando em cada sala um dos pros já referido. Ao colocar o Bot dos dois lados possíveis de cada uma das mãos disputada, isola-se assim grandemente o factor sorte pelo que o resultado destas 2.000 mãos é bastante significativo.

Seguindo os links a partir do blog acabei por dar com um outro site com uma aplicação, desenvolvida pela mesma equipa da Universidade de Alberta, onde podemos jogar contra diversos bots em vários formatos. É um exercício engraçado. Movido pela curiosidade e como estou em regresso de férias resolvi defrontar os bots numa pequena maratona a ver que resultados obtinha e como se comportavam os bots...

Por norma não coloco resultados aqui no Blog mas este entra numa categoria diferente pelo que abro aqui uma excepção (o dinheiro é virtual, naturalmente). O site apresenta um Top Ten dos «sharks» que bateram até agora os bots. Fiquei em segundo lugar...




Sinceramente, os bots pareceram-me acessíveis ainda que aparentemente, à excepção de um deles, sejam ganhadores frente ao jogador médio. Dos 3 modelos que enchiam a mesa, o Pokibrat é o mais fortezinho não sendo mesmo assim um super-jogador. A título de curiosidade, o jogo praticado pelos Bots era ligeiramente diferente daquele a que estou habituado (para além de se tratar de uma mesa de 10, coisa que já não jogava há mais de um ano) pelo que não joguei o meu jogo habitual mas uma adaptação...

Monday, July 16, 2007

Regresso de férias e...

De regresso de férias, algumas considerações sobre a forma como vejo os adversários nos diferentes limites. Embora apresente aqui uma exposição ligeira traçando de uma forma superficial as abordagens típicas dos jogadores nos diferentes níveis, penso que poderá ajudar a compreender a psicologia dos diferentes jogadores e as diferentes dificuldades que apresentam...

Que a qualidade média dos jogadores aumenta com a subida de limites é um facto, um facto verificável e de compreensão acessível, julgo. Não creio sequer que valha a pena gastar muitas linhas com um facto tão evidente...

Há no entanto que deixar algumas ressalvas.

De uma forma geral poder-se-á dizer que em todos os níveis se encontram bons e maus jogadores, sendo este bom e mau sempre em termos relativos. Em termos absolutos não existem jogadores realmente bons nos micro-limites porque simplesmente não faz sentido para um bom jogador (no sentido em que um bom jogador também não tem motivação para jogar play-money, também não o tem para jogar limites francamente baixos). Em termos absolutos, os primeiros jogadores bons jogadores começam a aparecer nos limites médios embora aí proliferem e em excesso os jogadores do tipo sólido (excessivamente sólido não raras vezes). Daí que os VPIP's médios mais baixos surjam frequentemente em níveis como 1/2 e 2/4...

Convém no entanto não avaliar as mesas apenas pelo VPIP médio pois muito embora os limites abaixo de 1/2 apresentem VPIP's mais altos e acontecendo o mesmo em limites como 5/10 e superior, o carácter e perfil médio dos jogadores envolvidos é substancialmente diferente (sendo que este substancialmente pode pecar por «curto» para estabelecer a diferença).

Então o que distingue essencialmente os jogadores à medida que subimos de limite?

O que eu verifico (e esta é uma opinião empírica com base na minha experiência pessoal) é que a diferença essencial reside na agressividade (maior à medida que se sobe de limites) e no tipo de abordagem ao jogo. Nos limites baixos a par de muitos jogadores loose do tipo calling-station, encontram-se bastantes jogadores tight e sólidos, demasiado sólidos e demasiado tight não raras vezes como já atrás referi. São essencialmente jogadores que tentam jogar correcto (ou mais exactamente, que tentam jogar correctamente a sua mão) e que com isso tendem a tornar o jogo mais previsível e mais acessível aos adversários ainda que os edges sejam pequenos tratando-se de FL. É um jogo tendencialmente mais soft...

Nos limites mais altos encontram-se jogadores muito mais agressivos, mais loose também e onde os adversários parecem ter uma maior preocupação em tornar o jogo difícil ao adversário, seja deliberada seja inconscientemente mercê do perfil de jogo. São jogadores por norma manifestamente menos preocupados em jogar correctamente a sua mão e portanto o jogo tende também a ser menos sólido, mais imprevisível e... menos acessível. São, em média, jogadores mais sofisticados, que praticam jogadas mais elaboradas, jogando mais os aspectos psicológicos do jogo e dominando conceitos com que por vezes os jogadores dos limites mais baixos nem sonham que existem.

De notar no entanto que nem sempre os jogadores registam maiores dificuldades à medida que sobem de limite dada a forma como se conseguem (ou não) adaptar aos diferentes estilos, aspecto que já aflorei num dos artigos anteriores dedicado ao table selection.

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