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Monday, July 16, 2007

Regresso de férias e...

De regresso de férias, algumas considerações sobre a forma como vejo os adversários nos diferentes limites. Embora apresente aqui uma exposição ligeira traçando de uma forma superficial as abordagens típicas dos jogadores nos diferentes níveis, penso que poderá ajudar a compreender a psicologia dos diferentes jogadores e as diferentes dificuldades que apresentam...

Que a qualidade média dos jogadores aumenta com a subida de limites é um facto, um facto verificável e de compreensão acessível, julgo. Não creio sequer que valha a pena gastar muitas linhas com um facto tão evidente...

Há no entanto que deixar algumas ressalvas.

De uma forma geral poder-se-á dizer que em todos os níveis se encontram bons e maus jogadores, sendo este bom e mau sempre em termos relativos. Em termos absolutos não existem jogadores realmente bons nos micro-limites porque simplesmente não faz sentido para um bom jogador (no sentido em que um bom jogador também não tem motivação para jogar play-money, também não o tem para jogar limites francamente baixos). Em termos absolutos, os primeiros jogadores bons jogadores começam a aparecer nos limites médios embora aí proliferem e em excesso os jogadores do tipo sólido (excessivamente sólido não raras vezes). Daí que os VPIP's médios mais baixos surjam frequentemente em níveis como 1/2 e 2/4...

Convém no entanto não avaliar as mesas apenas pelo VPIP médio pois muito embora os limites abaixo de 1/2 apresentem VPIP's mais altos e acontecendo o mesmo em limites como 5/10 e superior, o carácter e perfil médio dos jogadores envolvidos é substancialmente diferente (sendo que este substancialmente pode pecar por «curto» para estabelecer a diferença).

Então o que distingue essencialmente os jogadores à medida que subimos de limite?

O que eu verifico (e esta é uma opinião empírica com base na minha experiência pessoal) é que a diferença essencial reside na agressividade (maior à medida que se sobe de limites) e no tipo de abordagem ao jogo. Nos limites baixos a par de muitos jogadores loose do tipo calling-station, encontram-se bastantes jogadores tight e sólidos, demasiado sólidos e demasiado tight não raras vezes como já atrás referi. São essencialmente jogadores que tentam jogar correcto (ou mais exactamente, que tentam jogar correctamente a sua mão) e que com isso tendem a tornar o jogo mais previsível e mais acessível aos adversários ainda que os edges sejam pequenos tratando-se de FL. É um jogo tendencialmente mais soft...

Nos limites mais altos encontram-se jogadores muito mais agressivos, mais loose também e onde os adversários parecem ter uma maior preocupação em tornar o jogo difícil ao adversário, seja deliberada seja inconscientemente mercê do perfil de jogo. São jogadores por norma manifestamente menos preocupados em jogar correctamente a sua mão e portanto o jogo tende também a ser menos sólido, mais imprevisível e... menos acessível. São, em média, jogadores mais sofisticados, que praticam jogadas mais elaboradas, jogando mais os aspectos psicológicos do jogo e dominando conceitos com que por vezes os jogadores dos limites mais baixos nem sonham que existem.

De notar no entanto que nem sempre os jogadores registam maiores dificuldades à medida que sobem de limite dada a forma como se conseguem (ou não) adaptar aos diferentes estilos, aspecto que já aflorei num dos artigos anteriores dedicado ao table selection.

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